Uma das tendências mais estranhas nas redes sociais dos últimos tempos é a selfie de médicos, enfermeiros e afins usando pacientes e/ou/com situações de emergência. Lembrando…
– Neymar chegando ao hospital após a contusão na Copa do Mundo
– Luciano Huk e Angélica após o acidentes de avião
– E o pior de todos: o corpo do cantor sertanejo Cristiano Araújo
Pois é, essa prática vai ser punida agora (já era sem tempo)! O Conselho Federal de Medicina (CFM) divulgou ajustes nas regras para uso e divulgação de assuntos médicos em entrevistas, anúncios publicitários e redes sociais. As mudanças abordam também a distribuição de selfies e o anúncio de técnicas não consideradas válidas cientificamente.
EM OUTRAS PALAVRAS, OS MÉDICOS NÃO VÃO PODER MAIS TIRAR FOTOS DE PROCEDIMENTOS E DE COISAS DO GÊNERO PARA GANHAR LIKES.
A resolução deve ser publicada ainda esta semana no Diário Oficial da União e, de acordo com o próprio CFM, tem como objetivo principal fixar parâmetros para evitar o apelo ao sensacionalismo e à autopromoção entre profissionais da área.
As normas proíbem médicos de participar de anúncios de empresas comerciais e de seus produtos, qualquer que seja a natureza. Antes, a limitação contemplava apenas medicamentos, equipamentos e serviços de saúde. Com o ajuste, ela se estende a produtos como gêneros alimentícios e artigos de higiene e limpeza.
E os selfies?
Então… selfies em situações de trabalho e de atendimento a pacientes não pode mais (PRECISAVA DE UMA RESOLUÇÃO PARA ISSO?).
Agora, com a mudança, os médicos ficam proibidos de divulgar esse tipo de fotografia, bem como imagens e áudios que caracterizem sensacionalismo, autopromoção ou concorrência desleal.
No caso específico do uso de redes e mídias sociais – incluindo sites, blogs e canais no Facebook, Twitter, Instagram, Youtube, Whatsapp e similares –, continua sendo vedado ao médico divulgar endereço e telefone de consultório, clínica ou serviço. O profissional também não pode anunciar especialidade/área de atuação não reconhecida ou para a qual não esteja qualificado e registrado.
O CFM orientou conselhos regionais a investigarem suspeitas de descumprimento da orientação sobre autopromoção de médicos com colaboração de outras pessoas ou empresas. “Deve ser apurada – por meio de denúncias ou não – a publicação de imagens do tipo antes e depois por não médicos, de modo reiterado e/ou sistemático, assim como a oferta de elogios a técnicas e aos resultados de procedimentos feitos por pacientes ou leigos, associando-os à ação de um profissional da medicina”.
A comprovação de vínculo entre o autor das mensagens e o médico responsável pelo procedimento, segundo a entidade, pode ser entendida como desrespeito à norma federal. Os médicos também ficam proibidos de divulgar a posse de títulos científicos que não podem comprovar e de induzir o paciente a acreditar que está habilitado num determinado campo de atendimento ao informar que trata sistemas orgânicos, órgãos ou doenças específicas.
“Da mesma forma, ele não pode consultar, diagnosticar ou prescrever por qualquer meio de comunicação de massa ou a distância, assim como expor a figura de paciente na divulgação de técnica, método ou resultado de tratamento”, ressaltou o conselho.
Cuidado com o celular, doutor…
Com informações da EBC!
Foto (selfie): Tribuna da Bahia