O número de empresas que estão trabalhando com vídeos nas redes sociais aumentou significativamente. Também pudera, com tantos programas de edição e milhares de ideias no ar está cada vez mais fácil fazer desde pequenas produções individuais para postar nas redes sociais.
Essa facilidade faz com que muitas campanhas nas redes sociais utilizem os vídeos como arma estratégica pelo seu poder de alcance.
Para Ediney Giordani, CCO da KAKOI Comunicação, o uso de vídeos se tornou uma ferramenta indispensável no mundo das redes sociais ao criar engajamento, no entanto esta ação depende de dois detalhes fundamentais: Oferecer conteúdo de qualidade junto com uma periodicidade razoável:
“Não adianta ter milhões de vídeos sem um conteúdo. Aqui, quando falamos em conteúdo é importante ressaltar que o chamado ‘conteúdo relevante’ muda de público para público, ou seja, o que para mim é ruim, para outro pode ser ótimo.”
Para Ediney, os resultados variam muito e o sucesso depende de um estudo com antecedência dessa linha editorial.
Youtube x Facebook
Quando se fala sobre vídeos em redes sociais a primeira coisa que vem à cabeça é o famoso canal Youtube, mas saiba que o Facebook já está tomando o seu espaço.
Para ter uma dimensão do alcance dos vídeos na rede de Mark Zuckerberg, fundador da rede social, quando é feita uma postagem de fotos ou texto na página da sua empresa ela alcança como padrão entre 1 e 1,5% dos seus curtidores e com um vídeo esse número já começa em torno de 25%. Cada plataforma possui o seu perfil, motivo mais que suficiente para justificar uma produção individualizada para cada vídeo:
“Facebook e Youtube atendem a diferentes propósitos. Se uma loja quer apenas divulgar suas marcas e produtos deve apostar nos vídeos do Facebook, de forma aberta e chegando na timeline do cidadão sem pedir licença. Porém, se a meta é distribuir conteúdo, monetizar, ou seja, ganhar dinheiro com vídeos, ou ainda criar uma central de conteúdo, aulas, enfim, aí a pedida é o tradicional Youtube.” diferencia o especialista da KAKOI Comunicação.
Ao Vivo e em cores!
Uma febre que tomou conta do Facebook são as entradas ao vivo, as chamadas ”lives”. Mesmo em alta, Ediney Giordani alerta que não é bom abusar do limite deste recurso. Antes de fazer uma live, a recomendação é fazer algumas perguntas:
– Por que preciso fazer esta entrada ao vivo?
– Isso é relevante para a minha estratégia?
– A minha audiência terá ganho com isso?
“As lives, principalmente para empresas, devem ser usadas com inteligência e parcimônia. Uma loja de roupas, por exemplo, pode fazer uma live para mostrar sua nova coleção e ir respondendo as perguntas como preço e disponibilidade de estoque, as variantes são infinitas.” exemplifica Ediney.
Em qual devo apostar?
Vai depender de cada estratégia. Em um primeiro momento usar os vídeos no Facebook pode parecer sim uma boa estratégia, porém o Youtube ainda é, e seguirá por muito tempo, uma rede social de muita relevância em questão de vídeo.
A possibilidade de realizar aferições é maior pelo Face, mas nem sempre é a mesma receita para todas as empresas. São vários fatores que precisam ser considerados e Ediney entende que vai depender de cada estratégia e do que é importante para cada marca.
“Não há respostas certas ou erradas para esta pergunta, o certo é: precisa ser mensurado e ter metas” explica Ediney.
Vendas pelo Face
Os vídeos podem ajudar na hora de planejar estratégias para melhorar as vendas, o desafio da equipe de social media passa a ser como fazer um vídeo para Facebook que potencialize as vendas de uma empresa. A principal regra na visão de Ediney Giordani é ter um conteúdo de qualidade: Ninguém consome o que é ruim:
“Isso é interessante para você, seus amigos, sua família? Se sim, a possibilidade de ser interessante para a audiência geral é grande. Outra questão é ter qualidade técnica como um som bom e uma imagem boa”.
Foto: Staticflickr