E se tudo na vida real foi pro mundo virtual, o crime também pegou essa carona…
Cibercrime e o roubo de dados deverão aumentar nos próximos anos. Esta é uma das principais conclusões do ultimo relatório mundial do crime econômico elaborado pela Pricewaterhousecoopers (que palavrão, né? Vamos chamar de PwC’s) a partir de um inquérito, em 2014, a uma vasta gama de empresas e empresários em todo o mundo, com o objetivo de traçar o retrato da corrupção. E se o cibercrime veio para ficar, também os subornos podem aumentar à medida em que crescem os negócios com países emergentes.
A crise mundial veio tornar tudo mais sombrio ao pressionar para uma baixa de preços, quer pelo lado da produção, quer pelo da comercialização. Procurar o mais barato poderá favorecer a corrupção a vários níveis. Por isso, a preocupação pelo crescimento deste tipo de fraude parece estar a relativizar a atenção que tem sido posta na lavagem de dinheiro – pelo menos por parte das empresas.
O relatório da PwC’s chama a atenção para o perigo que pode representar para todos nós a corrupção crescente em setores como o farmacêutico ou construção civil, por exemplo. Falsificação de medicamentos põe em risco saúde pública, por exemplo…
A previsão é de que a população urbana mundial cresça 72% até 2050. Isto implica um crescimento de cidades, um aumento da construção, de zonas residenciais e de toda uma série de infraestruturas em determinados pontos do mundo. O relatório indica que tal “pode ter efeitos na paisagem do crime econômico”.
“Esses projetos trazem, muitas vezes, níveis elevados de interação com funcionários do governo, forte dependência de terceiros e uma indústria (Construção e Engenharia) historicamente com elevado risco de corrupção”. Daí a recomendação para que empresas e municípios abram os olhos para a possibilidade de crimes como “suborno, manipulação de propostas, e fraudes nos contratos”.
PERFIL DO CORRUPTO:
• Sexo: Masculino (77%)
• Idade: 31 a 40 anos (40%)
• Tempo de Serviço: com três a cinco anos de casa (29%)
• Educação: grau universitário (35%)
Saiu no portal português Visão.
Foto: © Kacper Pempel / Reuters