Normal né? Todo mundo no virtual, dá nisso! Os pagamentos sem uso de dinheiro em espécie cresceu 10% em todo o mundo, segundo o Relatório Mundial de Meios de Pagamento 2014 (World Payments Report – 2014), da empresa de empresa de consultoria Capgemini, divulgado recentemente com dados de 2013. A maioria das transações, por enquanto, ainda é por meio dos tradicionais cartões de crédito e débito. No entanto, os pagamentos móveis (realizados por dispositivos móveis) cresceram mais que a média – 60,8%. O Brasil é o terceiro maior País em número de movimentações financeiras sem dinheiro, atrás apenas de Estados Unidos e Europa.
Os pagamentos móveis – ou m-payments – são meios de quitação que usam os dispositivos móveis, geralmente os smartphones, para realizar pagamentos. O Apple Pay, Samsung Pay e Android Pay são exemplos de m-payment. As ferramentas foram lançadas recentemente pelas gigantes Apple, Samsung e Google, respectivamente, e despertaram ainda mais o interesse dos consumidores pela ferramenta digital. As soluções aproveitam o recurso de Near-Field Communication (NFC) dos dispositivos móveis para realizar pagamentos aproximando o aparelho dos terminais disponíveis nos estabelecimentos, sem a necessidade de usar cartões de crédito ou débito. Os dados dos cartões ficam armazenados no smartphone.
“A popularização destes meios acompanha o crescimento do comércio eletrônico e da popularização dos smartphones. Em alguns países, como a Suécia, estes meios têm mais peso que a própria moeda física, que tende a diminuir”, observa o diretor de Financial Services da Capgemini Brasil, Camille Ocampo. De acordo com ele, os países em desenvolvimento apresentam crescimento ainda maior no uso dos pagamentos móveis por causa do alto número de pessoas não “bancarizadas” nestas regiões, fazendo com que os m-payments se tornem uma alternativa de acesso ao sistema bancário. “Como a rede bancária tem uma presença reduzida ou não chega a todas as regiões do país, os meios móveis de pagamento tornam-se uma opção real para suportar transações financeiras.”
Saiu na Folhaweb