Quando se trata de vida profissional, quem é mais importante em sua rede de contatos online: amigos chegados ou os “conhecidos”? Estudo do site Jobvite, plataforma de recrutamento também dos EUA, mostra que 67% de seus usuários utilizam o Facebook como ferramenta para procurar emprego, enquanto 35% escolhem o Twitter. É possível que as relações cultivadas nessas redes sociais tenham alguma influência nos resultados de uma busca por oportunidades profissionais? Pesquisadores das universidades Tufts e Stony Brooks, nos Estados Unidos, acreditam que sim, como reporta a Fast Company.
A pesquisa em questão, publicada no Jornal de Economia do Trabalho dos Estados Unidos mostra como as conexões do Facebook influenciam na hora de conseguir posições de trabalho. O estudo agrupou dados anônimos de usuários norte-americanos da rede social e concluiu que “laços fortes” e “laços fracos” exercem papéis diferentes na carreira e que, consequentemente, ter esses dois tipos de relação pode ser mais eficaz no sentido profissional.
Como? Os laços considerados fracos seriam importantes coletivamente, por causa de sua quantidade, enquanto os laços fortes têm relevância individual, por causa da qualidade da relação. A pesquisa diz ainda que a maioria das pessoas encontra empregos através de vários laços fracos. Porém, um só laço forte possivelmente ajudará mais no âmbito profissional do que uma conexão fraca individual.
Essas conclusões surgiram a partir da análise de 6 milhões de perfis do Facebook (considerando pessoas que estão na rede há pelo menos um ano, e que listam seus empregadores). Para identificar conexões de trabalho, os pesquisadores usaram um proxy que identificou usuários que já haviam postado algo sobre trabalhar no mesmo lugar que alguém de quem já eram amigos no Facebook. Cerca de 7% dos 6 milhões analisados – o que seria mais ou menos 400 mil deles – tiveram a ajuda de pelo menos um amigo na rede para conseguir seus empregos mais recentes.
Como só esse dado geral não seria o bastante, os estudiosos consideraram certos parâmetros para determinar a força das conexões: o quanto esses amigos marcavam uns aos outros em fotos no Facebook, quantos posts escreviam nos murais uns dos outros, e quantos amigos tinham em comum. Cada um desses aspectos indicaria um tipo de relação (ou a combinação deles inidicaria). Considerando esses parâmetros, o estudo identificou que mais de 90% das conexões que levam a empregos são fracas.
Assim, coletivamente, as relações mais fracas, ou a presença online de muitos “conhecidos”, têm o poder de nos conectar com mais oportunidades de emprego simplesmente porque expandem a nossa rede de contatos e aumentam nossas possibilidades de networking. Porém, de forma individual, laços fortes são mais poderosos, e a pesquisa demonstra isso através de uma estimativa das variáveis da relação. A conclusão nesse sentido foi que, quanto mais se fortifica um relacionamento, maior a probabilidade de que aquilo leve a uma oportunidade de emprego.
Os pesquisadores afirmam que é difícil apontar a relação de amizade no Facebook diretamente como causa de uma conexão profissional. Mesmo assim, os resultados são inegáveis e mostram que relações online que podem facilitar o encontro de oportunidades de carreira, ainda que indiretamente. O Facebook é sim uma arma importante para praticar networking, portanto a lição é: mantenha um perfil amigável, fortaleça amizades já constituídas e não deixe de adicionar pessoas novas à sua rede. Um dia isso pode lhe render um passo na carreira.
Fonte: Portal Administradores