O mundo da influência aumenta diariamente o número de participantes, a chamada “creator economy”, impulsionada por redes como Instagram, TikTok e YouTube, tem no Brasil o segundo maior do mundo, só atrás dos Estados Unidos.
Estudo da Influencer Marketing Hub mostra que os criadores brasileiros ficaram com mais de 14% dos posts patrocinados, e, quando o número se trata de criadores em si, estamos na frente, são mais de 3,8 milhões somente no Instagram, 15,8% da participação global.
O sucesso dos números poderia representar também sucesso profissional e financeiro para os influenciadores, mas a realidade não é bem assim. Falta de conhecimento de negociação, descumprimento ou quebra de contratos transforma o trabalho com esses creators um desafio:
“Infelizmente, ao mesmo tempo que vivemos um grande aumento no número de influenciadores, vemos também uma descrença das marcas e agências em trabalhar com criadores menores. Ainda não há profissionalização” conta Thiago Andrade, Gestor de Redes Sociais da KAKOI Comunicação.
Thiago traz um exemplo que ilustra bem essa relação. Fechou uma parceria de uma marca com um influenciador em ascensão, fez a ponte, acertou os detalhes, assinou o contrato, acertou formato e horários, mas, na hora da entrega, os problemas começaram:
“A influenciadora simplesmente não entregou o contratado. Quando fomos cobrar disse que tinha passado outra marca na frente simplesmente porque esta, pagou mais. A média do mercado dos microinfluenciadores é exatamente assim”, conta Andrade.
Dados da Youpix, mostram que em 2024 a Creator Economy brasileira pagou para 31,44% dos criadores entre 2 e 5 mil reais por mês, enquanto 28,73% receberam entre 5 a 10 mil reais. Apenas 0,54% ganham mais de R$ 100 mil.