Caneta espiã, que nada! Hoje (faz tempo, aliás) o mundo da espionagem está cada vez mais seguindo caminhos industriais do que de segurança bélica de fato. Estão de olho na Petrobras pelo potencial dela, para saber qual é o próximo lance de marketing para os postos de conveniência? Não, pessoal, nós estamos falando de uma empresa de ponta no que faz, com capital aberto (ou seja, tem ações na bolsa) e está inserida no mercado – e sem volta.
E tudo isso revive a espionagem – longe da gente da Kakoi acreditar que ela deixou de existir, claro. E hoje não é mais com James Bond e as suas canetas explosivas e abotoaduras com transmissores (isso é legal nos filmes), mas sim com a tecnologia. Tanto que algumas medidas estão sendo tomadas mundo afora.
O nosso ”tio” Google, por exemplo, lançou um programa que promete fortalecer os códigos de encriptação de seus sistemas em reposta às recentes revelações de espionagem eletrônica oriundas dos Stades. Pelo menos isso publicado neste sábado através do Washington Post, mas isso não é novidade – pois já estava em andamento desde o final do ano passado, – mas a coisa ficou tão séria e maior ainda hoje que o Google ”deu um gás” em seus centros de dados em todo o mundo para reforçar sua reputação de proteção à privacidade do consumidor.
No entanto, a companhia reconhece que estas ações podem não impedir totalmente a espionagem, mas tornar mais difícil o acesso tanto para hackers como para agências governamentais através da criptografia.
E os demais?
Bem, a indústria da informática em geral reagiu rapidinho, preocupadas com supostos vazamento de dados feito pelo ex-analista da CIA, Edward Snowden, que incluíam informações confidenciais com vários programas para conseguir vários dados de e-mails do Yahoo!, Facebook, Google e Microsoft, etc…
Em comunicado emitido esta semana, o diretor de Inteligência Nacional, James Clapper, afirmou que “o longo da história as nações utilizaram a codificação para proteger segredos, e hoje os terroristas e cibercriminosos também a utilizam para estas atividades”.
E o comunicado oficial deixa claro que, para eles pelo menos, os ”serviços de inteligência (Nota do Redator: do Google) não estariam fazendo seu trabalho se não resistissem a isto“. Novas revelações sobre como a Agência Nacional de Inteligência (NSA) corrompeu padrões de segurança para torná-los vulneráveis à sua tecnologia para facilitar a espionagem, apenas motivaram uma resposta rápida por parte do maior buscador do mundo.
Jogo Sujo?
Ao que tudo indica, a NSA teria usado de tudo – da tradicional persuasão na colaboração forçada de empresas até roubo de chaves de encriptação e alteração de software e hardware para ter acesso às comunicações privadas na internet e fora dos Estados Unidos.
É, vale tudo no mundo das informações – se bobear, até dedo no olho eles usaram…