Os casais que difundem seu amor no Facebook podem ser irritantes, mas parece que o relacionamento deles é bem resolvido. Segundo um estudo da Universidade de Wisconsin-Madison,
aqueles que exibem abertamente seus amados no Facebook têm maior propensão a permanecer com eles.
A pesquisa, publicada no periódico científico Cyberpsychology, Behavior, and Social Networking e divulgada na internet na semana passada, analisou como 180 universitários expressavam seus relacionamentos na internet, bem como por quanto tempo eles permaneceram apaixonados. Os estudantes que participaram do estudo, todos em um relacionamento, primeiro responderam a perguntas sobre idade, gênero, duração desse vínculo e nível de comprometimento. Depois, eles acessaram seus perfis no Facebook e permitiram que as pesquisadoras registrassem o número de fotos que eles tinham publicado com seus parceiros, se haviam indicado que estavam “em um relacionamento”, quantas vezes cada parceiro escreveu no muro do outro no mês anterior e o número de amigos que eles têm em comum. Seis meses depois, as pesquisadoras perguntaram por e-mail se os participantes ainda estavam naquele relacionamento.
Após realizar um controle por idade, gênero e duração do relacionamento, o estudo apontou que as pessoas que disseram que estavam “em um relacionamento” e publicaram muitas fotos com seus parceiros tiveram mais propensão a estar profundamente comprometidas e a permanecer juntas.
“Essas pistas exibidas publicamente provavelmente induziram os participantes a se perceberem como parte de uma unidade romântica, consolidando, assim, o relacionamento”, escreveram Catalina Toma e Mina Choi, coautoras do estudo. A teoria delas é que a confirmação pública do romance, por si só, aprofunda esse romance, em parte porque as pessoas querem viver de modo consistente com a forma em que elas se representam para o mundo exterior. O fato de ter muitos amigos em comum não foi associado com a duração de um casal após os seis meses, e tampouco a frequência com que um parceiro escreve no muro do outro.
Toma e Choi consideraram a ideia concorrente de que a atividade no Facebook apenas refletia o profundo compromisso dos parceiros um com o outro, em vez de ajudá-los a aprofundar esse compromisso. Elas testaram essa hipótese estatisticamente e descobriram mais evidências de que o Facebook afeta o comprometimento à relação do que o contrário.
É como diz o ditado: primeiro vem o Facebook, depois vem um romance profundo e duradouro.
Fonte: Bloomberg /UOL