As postagens nas redes social possuem algumas “armadilhas” que podem te fazer perder amizades e até mesmo um trabalho. Sabe aquela postagem do seu amigo radical de esquerda atacando lanchonetes que “acabam com a dignidade de uma nação”? E aquela outra, do seu outro amigo que é de extrema direita, dizendo que os haitianos são parte do plano de um assalto comunista ao Brasil?
Convenhamos, quantas vezes você “se coçou” de vontade de responder na hora tais pensamentos? Pois é, é aí que mora o perigo…
Ediney Giordani, especialista em redes sociais da kakoi Comunicação, entende que há muito engajamento nas redes sociais e quando o seu amigo posta algo que vá contra o que a pessoa pensa, é natural querer responder na hora. A grande questão é acertar no tipo de linguagem.
“Depende muito do grau de intimidade das pessoas. Levando em consideração que as pessoas da sua timeline são seus amigos, há uma maior liberdade, mas lembre-se que, se ele é tão seu amigo assim, chame para um churrasco e entre uma cerveja e outra discutam o ponto” aconselha Ediney.
Por outro, o especialista da kakoi entende que é importante saber:
.: como estão os níveis de privacidade da sua rede e
.: que a sua rede em redes é totalmente monitorada.
“Um passo em falso você pode ser tornar alvo de haters (denominação que se dá para as pessoas que apenas espalham ódio na rede) e dos guardiões do politicamente corretos” complementa Ediney.
Cuidado com o que você compartilha
Notícias falsas são mais comuns do que se imagina é comum que elas sejam compartilhadas sem nenhuma checagem. No entendimento de Ediney Giordani, isso pode reduzir a credibilidade da pessoa nas redes sociais.
“Depende de quem são os seguidores, mas sim, compartilhar algo sem ler passa a indicação de que você de fato não lê o que compartilha. É sempre importante dar uma ‘Googlada’ e entender melhor do assunto. Casos de vergonha alheia não faltam. Quem não lembra a moça indignada com a aposentadoria de 92 anos? Ou a cabeleireira que ‘abandonou compromissos’ em Curitiba ou, mais recentemente o senhor que afirmou que a loja Havan era propriedade do filho do Lula e teve que se desculpar após post da própria empresa?” exemplifica Ediney.
O (sempre) perigoso posicionamento político
Opiniões políticas estão muito fortes ultimamente, por N motivos e essa “modalidade” de conversa pode ser prejudicial se não tiver cuidado. Ao se posicionar, o internauta fará amigos e pessoas que não concordarão com ele.
“Tem que saber dosar a opinião. Se você está na rede e abriu debate, enfrente o contraditório, nem sempre é fácil e não são poucos os casos de pessoas que perderam amizade e se distanciaram de parentes por conta da política. É sempre um assunto espinhoso, esteja preparado” alerta Ediney.
Mercado de trabalho de olho
As empresas, todos sabem, olham as redes sociais antes de contratar, etc. É preciso dosar bem o que se publica para não se auto sabotar e comprometer negócios futuros. O especialista da kakoi orienta sempre cuidar da privacidade da conta. “A foto do churrasco só serve para os participantes do churrasco, ninguém mais. É fácil configurar esse tipo de privacidade garantindo que as suas postagens tenham apenas aquilo que não compromete sua vida profissional”.
Tudo o que é postado pode ser usado contra a pessoa
Se você falou ou compartilhou opiniões racistas, calúnias ou qualquer outra coisa que possa ser usada cotra você acredite, ela poderá ser usada sim.
“Você responderá por quaisquer desvios de conduta nas redes sociais. Ela é praticamente uma extensão da sua vida real. Quem não lembra da estudante de direito que pediu a morte dos nordestinos que votaram no Lula? Ela foi julgada e punida” relembrou Ediney.
E para as empresas vale um adendo: elas são solidárias aos comentários em suas páginas, portanto é importante manter uma ‘varredura’ e uma pré-aprovação dos comentários.
De olho nas comunidades e grupos
E as comunidades e grupos que a pessoa participa, também podem prejudicar a imagem dela? Sem sombra de duvida podem, mas Ediney explica que com o fim do Orkut esse tipo de forma de comunicação esfriou bastante, mas alerta: “É sempre bom ficar fora do ‘Odeio trabalhar na Segunda-Feira’ ou ‘Meu chefe é uma Mala'”.