As eleições chegaram ao fim e com elas um erro comum nos candidatos: abandonar os meios de comunicação que usaram para se comunicar com seus eleitores. E podem perguntar os entusiastas do abandono coletivo:
– Mas Ediney, as eleições já passaram, por que vou manter esse “gasto” já que não preciso mais destes votos?
A resposta é simples: para não precisar mais fazer investimentos de última hora, para não precisar mais fazer uma comunicação falsa, para não correr atrás de seu concorrente literalmente. Nas eleições, foi comum ouvirmos o termo “político copa do mundo”, aquele que aparece apenas de 4 em 4 anos. E o candidato que abandona a sua comunicação neste meio tempo é exatamente isso, ao menos nas redes sociais.
Manter páginas ativas nas redes sociais e o site despendem de algum investimento de dinheiro e principalmente de tempo, mas vale a pena. Além de manter um relacionamento próximo com aqueles que votaram ou não no candidato, essa comunicação irá provar que as pessoas erraram ou acertaram na hora de escolher o voto. Além disso, quer melhor pesquisa que aquela feita diretamente com o eleitor.
Com a finalidade de promover o projeto que defende e o trabalho que segue fazendo, mesmo fora das eleições, as redes sociais podem servir de um ótimo recall para as próximas eleições, o candidato não chega, o candidato já está lá. Ele não tem que conquistar, ele já conquistou. É verdade também que o dinheiro fará diferença, que o número de likes ou seguidores daqueles que permaneceram pode rapidamente ser suplantado por um candidato que chegou “ontem” e investiu bastante em anúncios online.
Mas há algo que não pode ser comprado: engajamento. E isso fará toda a diferença. Já escrevi zilhares de vezes aqui que o número de likes nada quer dizer. Ele apenas serve como um parâmetro. Nada mais é que uma base, há páginas de Facebook, por exemplo, com 1000 likes com muito mais engajamento do que páginas com 100.000 likes. A comunicação é tudo, o modo como se faz comunicação dá o tom e a continuidade de uma comunicação, faz toda a diferença de quatro em quatro anos.
E o seu candidato? Continua ativo nas redes que você o acompanhava? A constância da comunicação é a mesma? A agilidade da interação é a mesma?
Pense nisso.