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Uso de IA no marketing digital populariza, porém acaba com diferenciais para empresas

Foto: Divulgação

Não há como negar que a inteligência artificial chegou com tudo no marketing digital. São posts, fotos e até mesmo logotipos sendo desenvolvidos 100% pela nova ferramenta, e a pergunta que fica no ar é: isso é bom ou ruim para as empresas?

Na parte do design, a Diretora de Arte da KAKOI Comunicação, Dieiniffer Busch, chama a atenção para as repercussões no uso da ferramenta. Além de questões éticas, como a recente trend que usava a criação dos Estúdios Ghibli, há também questões práticas:

“Quando se apoia completamente o design em IA, há muitas coisas que precisam ser levadas em conta. No caso de marcas, há a questão do registro; o INPI tem fortes restrições com relação ao uso de elementos prontos para registro. Não é impossível, mas bem difícil. Outro ponto é o resultado em si. Quando todos fazem a mesma coisa, o diferencial some”, explica Busch.

Na visão da designer, ainda que sejam distintas umas das outras, IAs como GPT, Gemini, Firefly e outras se alimentam das mesmas bases, ou seja, criações anteriores. Então, a tendência é que, a longo prazo, as publicações fiquem cada vez mais dependentes de anúncios para chegar ao público-alvo:

“A questão não é usar ou não. A ferramenta existe, facilita o trabalho e com certeza será usada. A discussão é: até que ponto vale a pena abandonar completamente a criação humana em nome de uma economia? O barato pode sair caro muito rapidamente”, finaliza.

Segundo a especialista, o uso racional das IAs pode incrementar o trabalho de designers e fazer com que empresas menores tenham acesso a mídias que antes estavam restritas a grandes contas por conta do orçamento.

Recentemente, uma escola particular de Curitiba virou alvo de polêmica e memes na internet por ter se utilizado de IA para fazer a imagem de uma criança em outdoor. Com as mãos desproporcionais, a repercussão rendeu mais problemas do que matrículas para a escola e pode servir de lição para outras empresas.

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