Toda empresa tem como objetivo principal, vender. Isso é claro, sem vender você não cresce, não paga as contas, não dá aumento de salário, enfim, é preciso vender, mas para isso é necessário conhecer o seu público alvo, e não, não é todo mundo.
– Ah, mas meu produto ou serviço serve para todo mundo, de 18 a 70 anos, todo mundo pode ter o meu produto.
Sim, todo mundo PODE ter o seu produto, mas não, não é todo mundo que PRECISA ou QUER ter o seu produto.
O público alvo, ou seja, para quem você quer mirar sua estratégia de comunicação, diz respeito a uma faixa e não a um todo.
Tá complicado? Vou explicar melhor.
Nas melhores práticas de comunicação, a receita era certa: definia-se um público alvo e isso era tudo o que você precisava saber para vender. Dentro desse público há algo denominado “Persona” e ela funciona como um representante do seu público, mais ou menos, ela é o esteriótipo do seu cliente. Mas, isso mudou, vamos entender, não sem antes definir o termo, Persona.
Persona é exatamente como o nome diz, uma pessoa. É como se fosse a definição de um ser abstrato que retrata o mais fielmente possível o seu cliente, por exemplo, a persona da empresa X chama Ana, tem 18 anos, faz faculdade na área de humanas, usa transporte público e roupas descoladas, tem uma tatuagem e, é engajada com a causa animal.
Este é um exemplo genérico de persona muito utilizado pelo mercadoa até hoje. Aos poucos este modelo vai sendo substituído pelo de “costumes”.
Ok, ok, estou ensaiando dar um bug no seu cérebro, mas não se afobe, vou explicar.
Se antes a persona resolvia a tua vida (entenda que esse modelo ainda é útil e extremamente utilizado), agora precisamos falar sobre costumes, aí um público alvo seria mais ou menos assim:
Engajado com causas sociais, utiliza transporte público, é pai, e adora ler.
Viram a diferença? Não estamos mais focando na idade ou na profissão do público, mas sim, nos hábitos de consumo e costumes culturais. Isso muda tudo.
Ainda não entenderam? Então vamos exemplificar.
Imagina dois homens. Nasceram na mesma cidade e no mesmo ano. Ambos trabalham na mesma empresa e ganham o mesmo salário. Ou seja, mesmo público alvo, certo? Não, claro que não.
Eles são casados? Tem filhos? São engajados? Se você for vender carros, será o mesmo? Para o solteiro é o tipo esportivo, para o pai, SUV. Tudo é diferente.
Por isso, meus queridos, quando perguntarem para você qual é o seu público alvo, entenda que responder “todo mundo” tá errado, fará com sua comunicação seja abrangente demais, menos efetiva e adivinha… você vai gastar mais, com menos resultados.
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