Como era esperado, a comunicação abraçou de vez a inteligência artificial. Quanto? A pesquisa Cultura de Dados, Mensuração e Inteligência Artificial na Comunicação, feita pela Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje), descobriu: 58%! Senhoras e senhores, mais da metade das ações de comunicação empresariais utilizam alguma forma de IA.
- Criação de conteúdo (47%), com destaque para seus canais digitais (32%).
São diversos caminhos sendo seguidos:
- 29% das empresas são adeptas de versões gratuitas de IA generativa.
- 27% abriram o bolso e investiram em soluções pagas.
- 16% decidiram criar sua própria IA.
E tem ainda as plataformas. Sabe quais as mais buscadas? ChatGPT-4 e Microsoft Copilot, cada uma preferida por 33% das empresas.
Um caminho sem volta?
As empresas que seguem por este caminho alegam que melhoraram sua produtividade, seja na economia de tempo para criar conteúdo para redes sociais ou até mesmo para programar sites. Agora, se isso faz com que as agências de comunicação se tornem obsoletas, aí é outra história…
Antes de tudo, aumento de produtividade não significa entrega de qualidade. Prova disso está nesta mesma pesquisa: as próprias empresas perceberam isso ao relatarem falta de precisão e desinformação no material gerado. Sim, é uma ferramenta, não um trabalhador virtual – e esse é o pulo do gato.
O papel humano na comunicação com IA
As empresas também perceberam que a IA não substitui o ser humano nas interações e, de quebra, ainda gera materiais duvidosos que podem até criar problemas jurídicos, por plágio, questões morais e éticas e, não menos importante, artificialidade no resultado.
O que as agências de comunicação estão fazendo?
Se antecipando e estudando as melhores práticas para o uso coerente de IA! Os profissionais perceberam que dominar IA traz resultados positivos – e dominar IA passa muito longe de parar de criar e deixar que o sistema faça todo o trabalho.
No caso dos textos, por exemplo, a IA pode até criar um texto muito bom, mas sempre será conteúdo de terceiros costurado. O problema está aí: o perigo de um plágio involuntário é enorme – além de informações desatualizadas.
O trabalho humano é o de criar o texto usando dados de institutos confiáveis de forma atualizada, usar palavras do porta-voz da empresa e contextualizar de acordo com o que está acontecendo recentemente. A IA pode ajudar a tirar termos estrangeiros do texto, apontar melhorias de SEO e até substituir alguns termos. Viu como é diferente de mandar a IA criar um texto do zero? Pois é…
Pense que outra ferramenta mais antiga, o martelo, não vai colocar um prego na parede sozinho sem uma pessoa analisando sua localização, a força que precisa ser colocada e quantos pregos serão necessários para o serviço.
A visão da KAKOI Comunicação
A KAKOI Comunicação trata a IA assim mesmo: como uma ferramenta útil, não o salvador da pátria. Na próxima vez que você pensar em substituir profissionais por IA, lembre-se deste texto.