Até que ponto a Inteligência Artificial (que chamaremos de IA) pode ser usada na comunicação? O volume de profissionais escrevendo textos, gerando postagem ou “gravando” material áudio visual usando AI cresceu muito, mas existe uma ética que deve ser obedecida: a IA é uma ferramenta e deve ser tratada como tal, não como criador principal de conteúdo!
Usar IA para criar algo do zero sem filtrar, sem trabalhar no conteúdo criado e simplesmente postar o que foi gerado, pode não ser o melhor caminho. Um bom exemplo aconteceu nos Estados Unidos recentemente em um projeto chamado “The Joe Rogan AI Experience!”
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Como é o projeto?
A ideia foi bem simples! Em fevereiro, no início meteórico da geração de conteúdo por vias inteligentes automatizadas, um cidadão chamado Hugo (na verdade, o nome não foi divulgado oficialmente) teve uma ideia que não tinha como dar errada que é foi a criação de um podcast usando clonagem de voz! Até aí, nada de assustador, mas a voz em questão é de Joe Rogan, uma figura bem conhecida.
Quem é Joe Rogan?
Vamos dar uma passadinha no bio deste personagem único antes de continuar. Joseph James “Joe” Rogan é uma das figuras mais conhecidas do mundo esportivo e do entretenimento nos Estados Unidos. O comediante é um dos maiores expoentes do stand-up, é ator e comentarista esportivo. Rogan também é faixa preta de Taekwondo, tendo vencido o US Open de Taekwondo aos 19 anos e, de quebra, é faixa preta em jiu-jítsu brasileiro.
A fama de Rogan alcançou níveis estratosféricos quando começou seu podcast chamado “The Joe Rogan Experience” que ficou famoso pelo formato diferente (podcast e vídeo, na verdade, um canal de YouTube) com temas livres e sem tempo de duração. Muitas conversas duraram horas como e com pessoas mundialmente famosas, como o multimilionário Elon Musk!
As conversas não tinham roteiro e muitas vezes tocavam em temas considerados polêmicos e esse formato ficou popularizado no Brasil com programas que seguiam a receita que deu certo, como o Flow Podcast e tantos outros que seguiam a mesma esteira.
Voltando ao projeto…
Então temos uma pessoa que resolveu criar um podcast “The Joe Rogan AI Experience” criado inteiramente com o Chat GPT e com a voz do Rogan? Como seria?
O programa deveria simular Rogan conversando com outras personalidades, um a cada episódio, tudo gerado artificialmente. O criador do projeto teve a ideia de criar uma fanfic usando conversas imaginárias entre Rogan e alguém igualmente famoso que também seria gerado pela mesma tecnologia. Donald Trump, por exemplo, foi um dos “entrevistados”.
Com a ideia na cabeça, o projeto começou!
Hugo encontrou ferramentas que simulam voz de inteligência artificial com amostras de uma voz natural – neste caso, Joe Rogan e seus convidados. O resultado não foi o que Hugo imaginou. O plano B foi uma plataforma que converte textos em áudio simulando (ou clonando) qualquer tipo de voz.
Vale usar sem moderação?
Como dissemos antes, o mote da IA é servir como ferramenta para a criação, não como produtor de conteúdo. Neste caso, os críticos questionam que o resultado não ficou perfeito e isso é bem claro – a IA continua se desenvolvendo – e o teor das conversas pode ser algo que não seja que os personagens diriam na vida real. Uma conversa verdadeira com quatro ou cinco horas de duração é realmente imprevisível, saiba disso.
Os defensores ferrenhos da Ia se apegam na rapidez no trabalho, na qualidade que a tecnologia pode trazer e em quanto mais barato vai ficar o processo todo e seu resultado.
Ficou curioso sobre o resultado do podcast?
Confira um episódio e nos conte o que achou!