Diz Al Pacino representando o próprio “coisa ruim”
– Vaidade, definitivamente, meu pecado favorito.
Em O Advogado do Diabo, (filmaço aliás, assista) a vaidade está em seu estado pleno e podemos sim fazer uma comparação com o mundo virtual. Antes que você pense que usei de substâncias proibidas vamos a alguns fatos da vida das redes sociais:
– Quem entrega é algoritmo e não o número de seguidores
– O FY vale pro pobre de seguidor tanto quanto para o rico.
– Ter um milhão de seguidores vai trazer notoriedade, que se você quiser se tornar influencer, dinheiro.
– Toda vez que as redes se destacam o fazem através da interação.
Enfim, argumentos para você desgrude desse objetivo de ganhar seguidores não faltam, ainda assim, vejo você mandando pix para comprar “seguidores brasileiros reais” coincidentemente morando em um país árabe.
Deixa-me contar uma história, “legal”.
Era uma vez uma empresa, essa empresa começou a ser prospectada por uma “influencer“.
Um dia, essa influencer, convidou o CEO da empresa para uma entrevista no canal do Youtube dessa “influencer“.
A transmissão caiu, porém os comentários elogiosos a ela, não.
Eram fakes, fim.
A moça, comprou seguidores para ela, comprou comentários para o vídeo que ela estava fazendo, só não contava com a queda da transmissão.
Não satisfeita, e querendo mostrar como ela era valiosa, comprou também milhares de seguidores para o Instagram da marca. Resultado?
- Queda vertiginosa no alcance “real”.
- Queda estilo capotagem de filme de aventura na taxa de conversão.
- Aumento nos custos de impulsionamento de posts.
- Perda repentina de seguidores.
- Conta bloqueada.
O roteiro se repete todos os dias em milhares de empresas do Brasil.
Mas, por quê?
Voltamos ao querido Al Pacino, “Vaidade, meu pecado favorito”.
Olha outro exemplo.
Uma empresa frequentada só por gente da grana, vendia exclusividade.
A gerente de marketing entendeu que era preciso número, afinal, vendiam exclusividade.
Além do conceito estar totalmente errado, exclusivo = pouca gente, tornou-se totalmente refém das compras.
Se não comprar cai.
Se cair, as pessoas vão olhar com desdém.
É preciso manter a torneira aberta.
Esses são alguns exemplos de como a “vontade” em parecer grande é maior que “ser grande” de verdade.
Ser grande de verdade dá trabalho. É preciso estudar métrica, entender público-alvo, falar com a persona e, principalmente, ter paciência (ou dinheiro infinito) para ver o crescimento do perfil.
Mas a pergunta:
– Precisa subir o perfil?
– Estrategicamente, não.
Com as ações certas, ele subirá naturalmente.
Porém, no entanto, entretanto, apesar de… qual é o número?
O número é o limite do teu público-alvo na tua área de alcance.
Mais um exemplo (e o último porque esse texto tá grande demais)
Você tem uma loja de lingerie.
Teu público-alvo automaticamente é feminino.
Você não tem e-commerce e as pessoas precisam ir até a sua loja.
Sua loja fica num bairro com 10 mil pessoas. (entenda que estou explicando algo, ainda há muito mais recortes, mas vamos ficar nesse)
Dessas 100 mil pessoas, 50% são mulheres.
Desses 50%, 35% são adolescentes ou crianças que não compram nada.
Desses 50% restantes, 30% são senhoras para as quais você não oferece produtos.
No final o seu público total possível, se não tivesse nenhuma outra loja, se o teu preço e atendimento fossem imbatíveis seria de: 3500 pessoas.
E a pergunta: adianta atingir 10mil pessoas do outro lado do mundo?
Então, queridão, queridona.
Sim, a métrica da vaidade vai realmente te prejudicar.
Não, você não precisa ter um zilhão de seguidores para ter sucesso em redes.
Você precisa é definir o que é sucesso para você!
E, estamos conversados.
Saúde, paz, prosperidade e até a próxima.